Psicologia Jurídica

                                                                                         Com Vitor Gondim

 

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Psicologia Jurídica

 

 

Para dar início a esta matéria, falaremos de “Sensação, Percepção, Atenção e Memória”. Tomando como ponto de partida, imagine uma cena envolvendo dois automóveis em um acidente, ocorrido em uma via pública da cidade, o delegado local, convoca duas pessoas que assistiram a situação para dar seus depoimentos. Será que as duas falarão a mesma coisa ?

Certamente, ocorrerá divergência nas versões, pois cada pessoa, tende a ver de uma maneira, pode perder um detalhe, que a outra pode ter percebido. Existem vários fatores que fazem com que a pessoa fique mais atenta, ou menos perceptiva, vejamos alguns deles;

 

- Fatores que afetam a SENSAÇÃO, PERCEPÇÃO, ATENÇÃO e a MEMÓRIA:

 

  • Bloqueio da Sensação ( Desmaio ), quando ocorre danos nos mecanismos de recepção dos estímulos ( dor ) ou se atinge um “patamar de saturação”
  • Informações em Excesso, o cérebro não consegue administrá-las e descarta parte delas
  • Álcool ( entre outras substâncias psicoativas ), altera a interpretação dos efeitos de diversos estímulos ( distância, temperatura, dor etc )
  • Estresse, aumenta a sensibilidade a ruídos
  • Captura Visual ( de todos os sentidos, o mais importante )
  • Intensidade, Se um barulho for longe de nós vamos apenas ficar curiosos pelo ocorrido, caso seja ao nosso lado vamos nos assustar bastante e ai desencadear uma série de impulsos que ajudariam ou não a nos sair dali da melhor forma. Outro exemplo, seria de um professor, ao falar baixo, não prestamos atenção, mas ao aumentar a intensidade de sua voz, nos chamará a atenção de volta para ele.
  • Dimensões, no mesmo sentido de Intensidade
  • Mobilidade
  • Cor, A própria cromoterapia já é uma prova de que as cores são totalmente influentes em nós. O que chamaria mais atenção a fumaça cinza de uma fogueira ou a cor chamativa do fogo?
  • Freqüência, se está habituado, em fazer ou ver tal delito, certamente o identificará rapidamente.
  • Experiências Anteriores, a prática melhora o reconhecimento de detalhes
  • Conhecimentos do Indivíduo/localidade, um médico percebe facilmente detalhes relacionados com o estado do organismo.
  • Crenças e Valores, Essa talvez seja a que mais modificaria dentro de nossa mente, a partir de nossos valores e das crenças que seguimos, a nossa interpretação pode ser comprometida, ou porque na sua crença aquilo é errado ou etc. Lembrando devemos ser imparciais ( uma pessoa que acredita que todo político é desonesto, percebe sinais de desonestidade nas propostas ou atos de qualquer político, mesmo que este seja bom )
  • Emoções, o estado emocional, afeta profundamente a percepção, a fixação de conteúdos na memória e a posterior recuperação deles. Para a emoção, quando se tem raiva, um som, um suspiro, um esboço de sorriso são registrados com intensidade muito maior.

 

By Anderson William

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Estado Emocional

 

*MEDO*

        O medo recebe grande influência de condicionamentos, associados a situações ameaçadoras.
        O medo faz com que a mente iniba novas idéias e pensamentos, fazendo com que a pessoa não consiga ter um raciocínio correto em certos momentos.
Ex: A mulher que é dominada pelo seu cônjuge, muitas vezes sofre agressões. O medo bloqueia a linha de raciocínio da mulher não deixando-a  pensar. E por meio do medo, passa anos lastimando-se das mesmas agressões.

 

 *RAIVA*
        A raiva gera condutas e ações inadequadas, e faz com que haja uma grande consumação de energia.
        O homem, joga a raiva para fora. EX: Quando muito nervoso, acaba destruído tudo que está por perto. Já a mulher não, ela guarda para si própria e coloca toda a culpa sobre ela. EX: A mulher briga com seu cônjuge, e após a briga a raiva dela se reverte para dentro de si própria, fazendo com que ela acredite que a culpa é somente dela.
       A raiva como qualquer outra emoção negativa, inibe a criatividade, o pensamento e o raciocínio.

 

*PAIXÃO*


        É uma força interior, que consegue dominar totalmente o indivíduo, e o objeto (no caso a amada) ganha uma força incrível sobre a pessoa. São inúmeros os casos que, uma pessoa começa a se apaixonar por outra, e como está em um cargo acima (chefe), utiliza a chantagem, isso pode ser colocado melhor como assédio sexual. EX: Ou você sai comigo, ou terei que te despedir.
       Existe também o assédio moral,  que acontece bastante em lugares de trabalho. Como a pessoa não pode te despedir, ela começa a falar absurdos sobre a sua pessoa, para que você se sinta mal. Fazendo com que, em muitos casos haja uma desistência de seu emprego.
       A grande obsessão pela amada ou pelo amado, pode chegar até em um ponto critico, que é o suicídio.

 

*INVEJA*

     Por incrível que pareça, a inveja pode as vezes ser uma coisa boa. EX: Marlon comprou uma Ferrari, você acaba sentindo uma inveja do Marlon, porem isso te leva a ter vontade de trabalhar e comprar uma.
         Por outro lado e quase sempre, a inveja é um lado negativo, pois leva o indivíduo a cometer delitos.

 

*ALEGRIA*

      A alegria é uma emoção boa, que ajuda o indivíduo. Ela contagia e amplia a percepção, estimula a memória e abre espaço para comportamentos cooperativos. EX: Quando a pessoa está feliz, ela consegue pensar mais, consegue raciocinar mais, e com isso adquiri coisas melhores para si próprias.

 

*EXPLOSÃO EMOCIONAL*

     Pode-se pensar que a emoção é como um combustível que o corpo acumula, até a explosão emocional acontecer. Quando a pessoa começa a guardar os sentimentos, as emoções, tudo vai se juntando, e quando o corpo não agüenta mais, acontece a explosão emocional. Com isso vem o choro, o desespero, a infelicidade, são essas as coisas que podem ocorrer quando há uma explosão emocional.

 

By Vitor Gondim

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O Poder do Inconciente 

 

As primeiras grandes linhas de pensamento teórico da psicologia chamam a atenção para os mecanismos intrapsíquicos, a relação entre o consciente e o inconsciente, impulsionando o comportamento humano.

 

*Sigmund Freud*

          Nasceu na Áustria em 1856 e faleceu na Inglaterra em 1939, médico e criador da psicanálise, conceituou a existência do inconsciente e concluiu brilhantemente que os processos mentais não ocorrem por acaso.
          Freud percebeu que a maioria dos processos mentais é absolutamente inconsciente, ou dizendo melhor o indivíduo pode agir sem perceber o que faz. No inconsciente não existe o conceito do que é certo ou errado, e nem há contradições.
          Freud também descobriu uma coisa muito importante na qual denominou de “ATO FALHO”, é o escorregão da fala.

EX: Você foi roubado ontem por um indivíduo no qual utilizava uma mascara preta para não ser identificado. Porém após você prestar queixa o indivíduo é preso e você tem que fazer o reconhecimento, quando você o indica para o delegado, ele próprio diz: “COMO ELA PODE SABER QUE FUI EU, SE NO DIA EU ESTAVA UTILIZANDO UMA MASCARA PRETA”. Houve a confissão da culpa por “ATO FALHO”. A pessoa se entrega sem perceber.
 

 

         Freud desenvolveu um modelo de estrutura do aparelho psíquico, composto por 3 elementos: “ID,EGO E SUPEREGO”.

 

*ID:  O id é a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade, constituída de conteúdos inconscientes.O id, não conhece juízo de valor “bem,moral” ele busca diretamente a satisfação imediata.

EX: O ladrão estupra uma menina , o id foi o responsável por isso, pois ele não avisa ou demonstra que isso é certo ou errado, ele apenas busca o prazer.

 

*EGO: O ego é o psiquismo com a realidade externa “contato”, contém elementos consciente e inconsciente. Ele não existe sem o ID e o SUPEREGO. Ele atua sobre o princípio da realidade, avisa o que é certo ou errado, por meio de pensamento realista.

EX: No caso do estupro, o estuprador percebe que, o que ele vai fazer é errado e antiético, deixando muito confuso. O Ego se ajusta com flexibilidade, que o ID  e o SUPEREGO não possuem.

 

*SUPEREGO: Atua como, sensor do ego, de formar as ideias, a auto-observação. Ele busca mais a perfeição do que o prazer, ele demonstra por uma maneira mais forte o que é o certo e o errado. O superego funciona como um protetor da pessoa, ele inibi os pensamentos e as ideias do ID. ”ELE NÃO DEIXA AS COISAS QUE O ID PENSA FUNCIONAREM”.
EX: Marlon queria tomar uma cerveja com os amigos, porém no dia seguinte, ele teria uma prova que considera ser muito difícil. Seu pai, então o disse: "Só te dou dinheiro para sair, após você passar a tarde estudando".

 

Para Facilitar :

 

O EGO, sabe o que "PRECISAMOS", sendo assim, atua com RAZÃO

O ID, sabe o que "QUEREMOS", atuando assim na EMOÇÃO

SUPER EGO, só nos dá o que "QUEREMOS", após o que "PRECISAMOS".

 

*UMA CONCLUSÃO DE TUDO ISSO É QUE TEMOS QUE TER UM BALANCEAMENTO DO ID,EGO E SUPEREGO. QUANDO NÃO HÁ ESTE BALANCEAMENTO ALGUMAS COISAS DE ERRADO PODEM ACONTECER.*

 

By Vitor Gondim 

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*MECANISMOS DE DEFESA DO EGO*

 

       Deve-se a Freud o conceito de “mecanismos psicológicos de defesa” empregados pelo psiquismo. O psiquismo os utiliza para enfrentar situações estressantes, por meio de distorção da realidade: Segue abaixo os mecanismos.

 

*DESLOCAMENTO: A pessoa desvia seus sentimentos emocionais de sua fonte original para uma que a substitua. “Desvia seu foco para as drogas, ou a bebida, embriagando-se”.

*DISTRAÇÃO: A pessoa muda o seu foco para outro, perde a atenção no objeto que deveria estar prestando atenção.

*FANTASIA: A pessoa troca a sua realidade por aquela que ele sonha ou queira viver. “O traficante imagina que poderá largar o negocio assim que tiver ganhado o suficiente”.

*IDENTIFICAÇÃO: A pessoa estabelece uma aliança real ou imaginaria com algum grupo ou com alguém. “O menino se comporta de maneira que acredita ser o líder do grupo ou gangue, por exemplo”.

* NEGAÇÃO DA REALIDADE: O individuo recusa-se reconhecer fatos reais e os substitui por imaginários. “ Temos como exemplo o pai que vê o seu próprio filho utilizando drogas , e fingi que não vê absolutamente nada (não aceita a realidade)”.

* RACIONALIZAÇÃO: Trata-se da “criação de desculpas falsas, porém plausíveis, para poder justificar um comportamento inaceitável”.

* REGRESSÃO: O individuo acaba tendo atitudes de uma idade anterior, tendo um tipo de infantilização. “Temos como exemplo, a senhora de 40 anos que estava apostando um racha, que acabou matando um lutador na avenida”.

*PROJEÇÃO: O individuo atribui a outras pessoas algo dele mesmo; causa comum de certos erros de juízo. “temos como exemplo uma homem que reclama do barulho das crianças do vizinho, isso somente porque ele não teve filhos”.

*IDEALIZAÇÃO: Prejudica a compreensão real da situação e das pessoas, fazendo com que a pessoa somente enxergue aquilo que queira, e que a satisfaz. “O homem que vê em sua companheira a melhor mulher do mundo, e não consegue enxergar aspectos negativos sobre ela.”

*SUBLIMAÇÃO: É o mecanismo de defesa mais evoluído, ele modifica o impulso original que vem do “ID, que visa satisfazer o prazer”, para ser expresso conforme as exigências sociais. “temos muitos esportistas que ao invés de brigar na rua, acabam optando pelo esporte da luta, para se adequarem as normas da sociedade”.

 

*DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL*

 

      Freud atribuiu à sexualidade e ao desenvolvimento desta a forma como os indivíduos lidam com os estímulos internos e externos. Ele fala que o desenvolvimento psicossexual compõe-se das seguintes fases: ORAL, ANAL, FÁLICA, LATÊNCIA E GENITAL.

 

*ORAL: Acontece a partir do nascimento até o primeiro ano de idade. O bebê se conecta ao mundo pela boca, seu correspondente psicossexual é desenvolvido através da confiança ou desconfiança. O bebê sente um cheiro que o mamilo da mãe produz, para que o bebê saiba onde se localiza o peito da mãe, para ele se alimentar. É importante falar que erros nessa fase oral, podem fazer com que apareçam distorções, disfunções ou inadequações de comportamento. EX: O bebê após crescer começa a fazer calunias, difamações  e ofender pessoas.

*ANAL: Primeiro ao terceiro ano de vida. A criança passa a obter prazer ao defecar, pois está eliminando as fezes. Seu correspondente psicossexual é o desenvolvimento da autonomia, vergonha, dúvida e controle, envolvendo o domínio do outro. É importante ressaltar que erros nessa fase por desencadear problemas, temos o exemplo que se a criança retém muito as fezes, ao crescer provavelmente ela será uma pessoa com problemas de avareza.

*FÁLICA: Do terceiro ao sexto ano, aproximadamente. Prazer concentra-se nos órgãos genitais a criança descobre as diferenças sexuais. É o momento em que ocorre o “Complexo de Édipo” que mostra que a criança sente atração pelo órgão sexual oposto. É o momento também em que o ego e o superego ganham formas mais definidas em suas mentes. Erros nessa fase podem fazer com que a criança não veja diferença na parte sexual, fazendo com que sinta atração sexual pelo mesmo sexo (homossexualismo) . “Vale a pena falar que Freud procurou saber de tudo isso, pois sua filha era homossexual”.

*LATÊNCIA: Dos seis aos doze anos de idade. É quando o ego e o superego se fortalecem de forma grandiosa, a tendência é a criança se juntar em grupos de pessoas do mesmo sexo, e busca o maior interesse em questões sociais.

*GENITAL: É a fase final, na qual os interesses sexuais da pessoa se deslocam para a outra. Erros nessa fase podem fazer com que a pessoa faça crimes sexuais.

 

      Então podemos dizer que o não amadurecimento das pessoas nessas fases, pode fazer com que haja problemas futuros, com isso gerando crimes e distorções em seus pensamentos.

 

By Vitor Gondim

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Psicologia jurídica


                          *Um olhar sobre o delinquente.*

 

*O que é delinquir?*

 

         Delinquir é basicamente o prazer de ver o outro sofrendo, então se o ladrão me assalta ele sente um prazer.

 

*Delinquência e Prazer.*

 

         Existe vários fenômenos nos quais podemos entender o porquê do delinquente sentir prazer. Em alguns casos ele pode estar com a percepção afetada, pelo uso de drogas ou bebidas alcoólicas, fazendo com que ele sinta o prazer na dor do outro. Também temos casos, de quando o delinquente era criança, ele apanhava muito ou sofria qualquer dor causada por outro individuo, sendo assim ele quer passar esta dor ou sentimento para o outro.
         O prazer na dor do outro pode também refletir uma característica antissocial. No qual utiliza por algum motivo o sentimento da RAIVA.

 

*O gozo na violência*

 

O individuo experimenta o prazer da violência em si, mesmo que ela não cause dor em outro individuo.
         Diversos fatores contribuem para que a violência se transforme em objeto de gozo. Temos o exemplo que, o individuo que é submetido a experiências em que a violência faz a diferença (NA ESCOLA, NO LAR). Com o tempo o cérebro cria estímulos para esse comportamento, fazendo com que o individuo comece a responder com violência e até mesmo a provocar este sentimento.
          EX: Marlon menino de 10 anos, estuda em um colégio no qual bater nos colegas e fazer qualquer tipo de violência é o que faz dele um menino popular. (Com isso Marlon vai crescer com estímulos violentos, e numa ocasião na qual deveria ser tratada com facilidade e respeito, ele utiliza da violência.)
           Assim temos algumas manifestações corporais desse “Gozo na Violência”
* O seu estilo de roupas demonstra muito, nesse caso utilizando roupas no estilo “PUNK”, ou roupas escuras, com colares e etc..
* A pessoa cerca-se de símbolos, como adesivos no vidro do carro, TATUAGENS e outros elementos.
* Começa a frequentar lugares na qual a violência se predomina, e também começa a andar com pessoas mais violentas.
           É importante falar também que algumas pessoas optam pela área do esporte, para se adequar as normas da sociedade. Porém existem as “explosões emocionais” que produzem comportamentos extremos como: espancamento do filho, direção perigosa, crimes, assassinato no transito e outros.

 

*O gozo na violência psicológica *
 

         O gozo na violência também pode ser psicológico, temos o exemplo do chefe falando para seu empregado que ele nunca trabalhou bem (assédio moral), sendo isso uma agressão psicológica.
         A violência psicológica também leva a “descrença” que é basicamente o individuo não acreditar em nada e sempre achar que tem alguma coisa de errado. Muito comum em casais, quando o cônjuge fala sobre seus sentimentos, e o outro fala comentários como: “você está imaginando isso”, “acho que você deveria procurar um psicólogo”.
         A descrença pode levar até problemas no relacionamento como mostra no pequeno texto do livro. “paginas 228 e 229”
         A violência psicológica torna-se mais prazerosa quando o agressor sabe que a dor provocada apresenta uma permanência que se prolonga muito mais que a dor física. Uma ameaça ou um sarcasmo podem desencadear uma series de lembranças ruins ou qualquer coisa que faça a pessoa sofrer uma violência psicológica.

 

*A gênese da delinquência *

 

         Agora vamos estudar hipóteses a respeito dos fatores que contribuem para que o individuo venha a se delinquir.
         Alguns estudiosos dizem que a maioria dos delinquentes que comentem crimes mais graves tinham pais nos eram delinquentes também.
         E também falam que surgem delinquentes nos quais possuem problemas psicólogos “psicopatas” nos quais são uma pequena parte da população.

*O efeito rodoviário.*

         O efeito rodoviário ou geografia do crime é basicamente o lugar onde há uma grande circulação de pessoas, com isso infelizmente tendo também, drogas, sexo e delitos. Mas porque delitos? Porque o individuo acredita que não vai ser flagrado em um crime, por estar em um lugar com muitas pessoas e não ser conhecido por ninguém. Existe muito das pessoas oportunistas que utilizam disso para roubar. É só deixar o seu celular em cima da mesa que alguém com uma boa mão leve consegue roubar.
          Em um lugar onde existe um grande movimento de pessoas, drogas, sexo e bebidas, aumenta as chances de ocorrer qualquer tipo de violência ou delito. Pois como vimos antes o álcool pode afetar a percepção.

 

*O Lar*

 

         Podemos entender que tudo começa em casa, se a criança vem de uma boa educação as chances dela virar um delinquente são menores do que a criança que foi criada na rua. A dinâmica familiar apresenta grande influencia no modo em que o individuo irá se relacionar com o meio da sociedade. Problemas na infância poderão ter um lado negativo no futuro, pois refletirão alguma coisa.
          A criança pode ter grande influencia dos pais, por exemplo: Se os pais da criança dão cheques sem fundos, são corruptos e tentam ganhar vantagem em tudo. A criança com toda certeza vai fazer tudo de errado por que aprendeu com os pais. A criança vê os pais como um modelo de pessoa.

 

*A escola e a infância *

 

         A escola e os colegas tem uma grande influencia na vida da criança, pois é esse ambiente que ela vai crescer e aprender muitas coisas que refletirão na sua vida futura, ela participara de pequenos grupos de amigos, ela fará amizades e aprenderá coisas certas ou erradas. Então podemos dizer que se logo quando criança ela começa a fazer coisas erradas na escola com seus colegas, com toda certeza ela fará coisas erradas no futuro. Em sua fase jovem, podemos dizer que a escola é uma porta para as drogas, pois é na escola que o jovem irá encontrar pessoas, nas quais utilizam esses entorpecentes. Podemos ver que isso é uma realidade quando na porta das escolas se encontram carros da polícia parados, na espera de que ocorra algum tipo de delito. Tudo isso quer dizer, que os comportamentos antissociais começam cada vez mais cedo.

 

*A adolescência*

 

          Três fatores contribuem para tornar o adolescente mais vulnerável à pratica da delinquência. O primeiro deles seria a “vulnerabilidade do adolescente às mensagens que induzem a violência” Um exemplo fácil é: Os filmes e desenhos animados. O ódio invade a casa sem os pais perceberem, com isso os filhos partem para as baladas, drogas e sexo.
           O segundo fenômeno é a “percepção de falta de lugar no mundo adulto”. As perspectivas do futuro necessitam de um apoio no qual a escola está muito longe de proporcionar. Percebendo que não vai ter lugar no mundo ele se revolta.
           Terceiro fenômeno é o “poder do grupo”. O grupo deixa de ser um mero conjunto de rapazes ou meninas para se tornar um time, capaz de modificar tudo o pensamento do individuo e marca-lo por toda a vida. Isso tudo é um tipo de contrato psicológico.

 

*O grupo na instituição de exclusão*

 

           Quando o individuo se torna delinquente e é recolhido a uma instituição de exclusão, ele irá, agora de maneira mais ou menos compulsória, incorporar-se a grupos já existentes, onde, na visão de Bleger, os indivíduos enquanto tais não tem existência. Assim se explica que o individuo assuma uma nova identidade.

 

*A liderança*

 

           Equipes de delinquentes (as gangues por exemplo) possuem líderes, sem esses, o conjunto não se constitui e nem mantém coeso. Exemplo clássico “ALCAIDA”. O estilo da equipe vem do líder e é muito notável. Os objetivos do líder e da equipe as vezes tendem a se confundir.
            Para o bem ou para o mal, o papel da equipe é crucial e definitivo, os lideres que conduzem tudo.

 

*Os microfatores externos*

 

           São exemplos de microfatores externos, o abandono escolar, a exposição a ambientes em que se consomem produtos etílicos e dentre outros. A FALTA de limites durante a infância causa muitos problemas no futuro e principalmente a ida à delinquência. A falta de limites veem dos pais que não sabem educar ou deixam os filhos de lado, e se preocupam somente com eles. Com tudo isso fazendo com que a criança tenha problemas de educação e principalmente limites, ética e moralidade.

 

“TUDO ISSO PODE LEVAR A CRIANÇA A DELINQUENCIA”.

 

By Vitor Gondim.

 

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Psicologia Jurídica

            Estudo da Violência.
 

*O que é violência e agressividade?

 

         Agressividade é essencial a todo ser humano, garante a sobrevivência e a disposição para vencer obstáculo.

         Já a violência apresenta-se quando a pessoa não conseguiu canalizar a agressividade para atividades produtivas e mostra que possui baixa tolerância e muitas frustrações.

 

*Como a violência e a agressividade refletem na criança.

 

·        A criança passa ter sentimentos de insegurança em relação ao convívio social, e pessoas passam a ser percebidas como potenciais agressores.

·        Ela acaba perdendo aquele sentido de proteção familiar, em especial que o pai e a mãe, lhe proporcionam. Por exemplo, se o pai pode ser ferido por outra pessoa, o que pode acontecer com ela que é somente uma criança indefesa?

·        Respeito ao próximo, a convivência pacifica. A criança acaba perdendo tudo isso.

 

* A violência tem diversas formas de se manifestar, e que dependem de:

 

·        Características da vitima (mulher, negro, criança etc.);

·        Características dos agentes (policial, delinquente, vigilante etc.);

·        Local onde ocorre (campo, cidade, escola, rua, instituição.);

·        Forma como se realiza (simbólica, sexual, física.);

·        Objetivos (repressão, contenção, educação, punição.);

·        Motivações inconscientes (reação, vingança, recreação, conquista etc.).

 

*Violência na família.

 

        Podemos dizer que a violência na família apresenta algumas formas básicas:

·        O assédio moral;

·        A violência física;

·        A violência psicológica;

·        A violência contra a criança, o adolescente e o idoso.

 

          Agora vamos entender um pouco melhor sobre cada uma delas.


*Violência psicológica e violência física.


          A violência psicológica é aquela por meio da qual a capacidade da vítima de se opor a qualquer violência ou qualquer tipo de coisa reduz gradativamente. E ao mesmo tempo em que ela começa a ter interesse por outros tipos de violência.
         A violência física acaba sendo mais comentada do que a psicológica, pois é um ato que invade o privado da pessoa de uma maneira bruta, tanto sendo de natureza sexual ou mesmo de uma agressão comum.

 

*Assédio moral.

 

         O assédio moral é uma modalidade de sofrimento psicológico por meio da qual geralmente acontece em casais, que pode desencadear doenças físicas ou psicológicas gerando problemas no trabalho e na vida social.

 

*Violência contra o idoso.

 

        O idoso infelizmente acaba sendo um caso sério da violência em família, não de maneira física somente, mais também um pouco de todas. Para isso contribui:

·        O estresse de cuidar por longo tempo de pessoa física e psicologicamente dependente;

·        O custo econômico de cuidar corretamente;

·        A falta de perspectiva de término desse período de dedicação;

·        A dificuldade de manter uma vida conjugal regular, pela interferência do próprio idoso;

·        O surgimento de conflitos com um ou mais integrantes da família.

 

*Violência contra a criança.

 

         É um assunto muito amplo para ser discutido, então veremos apenas o básico. O assunto é grave, e a desigualdade que acontece é muito grande, uma criança é um ser em desenvolvimento que não entende muito bem as coisas que ocorrem ao seu redor, podendo no futuro ter muitos e muitos problemas sociais. As crianças e os adolescentes sofrem a maioria de seus episódios de violência na escola, e também em suas casas. A maioria das vezes por pessoas que possuem algum tipo de problema psicológico. E os adolescentes que produzem violências constatam problemas psicológicos também. Na pagina 280 do livro mostra um quadro muito interessante  que mostra vários tipos de violência contra a criança.


       Um caso particular, que merece muita atenção é o comportamento punitivo com finalidade educativa, adotado pela maioria dos pais.

 

*Incesto.      

 

      O incesto é a relação sexual entre parentes próximos, geralmente entre pais e filhos. Considerado por algumas religiões um dos maiores pecados, visto pela maioria da sociedade um ato totalmente imoral.
      Inacreditavelmente ocorrem casos de incesto com a criança nos primeiros meses de vida. A descoberta do incesto acontece geralmente quando a criança é levada para o hospital, porque as condições anatômicas desse relacionamento levam a gravíssimos ferimentos e até mutilações.
      Depois somente uma psicoterapia poderá ajudar esta criança, porem não é muito indicado a psicoterapia individual, mas sim a de família. É claro que não existe cura e nem assegura a prevenção de novos abusos, mas tenta somente ajudar a passar por uma situação muito difícil.      

   
By Vitor Gondim

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Psicologia Jurídica

 

*Famílias hoje em dia.

 

       Hoje em dia podemos dizer que as famílias não vivem da mesma maneira que antigamente (maneira tradicional).
       Romanelli afirma que mesmo as famílias de hoje em dia terem se transformados, pais e filhos, marido e mulher, se tratarem de uma maneira diferente, a família ainda é uma parte muito importante para o controle e à expressão dos sentimentos. Hoje em dia mais de 50% das pessoas que se casam, acabam se separando.
       Com isso vem à parte da separação, lembrando que “CADA CASO É UM CASO” e não pode se tratar todos da mesma maneira! É neste momento que a psicologia entra em ação, pois em alguns casos o juiz necessita de um psicólogo para fazer uma perícia do caso, geralmente utilizada para saber a dinâmica familiar, em casos de adoção e guarda de filhos.

 

*Problema familiar.

 

      Temos um caso retratado pelo professor, sobre uma família que deseja internar uma senhora com 70 anos, pois a mesma jogou suas fezes no ventilador. Com isso o juiz será assistido por um perito, que dará um laudo pericial para que o juiz tome a decisão correta. Porém o juiz pode tomar a decisão que ele achar melhor mesmo com o laudo do psicólogo. Pode acontecer de ocorrer o “princípio do contraditório” que neste caso, é basicamente o psicólogo não ver a necessidade da pessoa ser internada.

*Processo de formação e rompimento familiar.

       Processo de formação familiar, é uma coisa simples, é basicamente a formação de vínculos afetivos que se dá em um processo continuo que envolve afeto, corresponsabilidade, tolerância, segurança e entre outros aspectos. Isso quer dizer que a falta de um deles pode trazer o rompimento.
       O rompimento geralmente vem por causa da falta dos processos acima, e também por casos como: Filhos sem limites, mulher com o trabalho melhor que o do seu cônjuge, relação sexual, e diversos outros.

 

*Colusão.

 

       Colusão é simplesmente uma frustração ou decepção, geralmente vem de uma “promessa” não cumprida. Ambos depositam esperança no companheiro, porém ao passar dos anos eles vão se arrependendo.

 

 

*Separação.

 

       O termo separação é utilizado para rompimento de vínculo familiar. O código civil estabelece em alguns artigos que quando há divergências e muita dificuldade para solucionar o caso da separação o juiz poderá solucionar o desacordo.
       O poder familiar compreende a criação e educação dos filhos segundo parâmetros ditados por aquele núcleo familiar.
       Segundo a mesma legislação, o poder familiar extingue-se pela morte dos pais ou do filho; pela emancipação; pela maioridade; pela adoção ou ainda por decisão judicial nos casos de:

·       Castigar imoderadamente o filho;

·       Deixar o filho em abandono;

·       Praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;

·       Abuso de autoridade, faltando com seus deveres de pais ou ainda, arruinando o patrimônio dos filhos.

 

*Casamento.

 

        O código civil, no artigo 1.511, diz que “O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.”
        Lembrando que “Não podem casar”:

·       Ascendente com descendente (pai e avó);

·       Afins em linha reta (sogra, cunhado);

·       Adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem foi cônjuge do adotante;

·       Irmãos e colaterais até o terceiro grau (até os tios);

·       Adotado com o filho do adotante;

·       As pessoas casadas;

·       O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra seu consorte.

 

É importante dizer que:

“ É nulo o casamento contraído pelo enfermo mental sem discernimento.” E também é nulo se houver “erro essencial sobre a pessoa (quanto a sua identidade, honra, boa fama, prevalência de doença física ou mental), que torne insuportável a vida em comum, ou desconhecimento de que o cônjuge praticou crime.

 

By Vitor Gondim

 

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TÉRMINO DO CONTEÚDO