Homem e Sociedade

                                                                                         Com Breno Paulino

 

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Cultura e Evoluções - Homem e Sociedade

 

Me desculpem caso o resumo não tenha ficado satisfatório, mas tentei colocar ai o mais simples possível, o assunto é gigantesco e acredito que não é todo mundo que gosta.

Como dizem que há cada cultura para cada aspecto da sociedade, uma diversidade de povos e costumes,  há também na evolução das espécies.
No reino animal, a seleção natural ficou encarregada de extinguir os menos adaptáveis e deixar aqueles que estão aptos a qualquer mudança.

Superorgânico:

Nós homens não nos limitamos a habitar somente a terra, dominamos a água, mesmo sem nadadeiras e o céu, mesmo sem asas. Já os animais para que pudessem dominar um destes elementos, foi necessário inúmeras gerações para que membros se transformassem em asas e nadadeiras, nós mantemos nossas mãos e pés e mesmo assim, fizemos do mundo todo nosso habitat e o homem é a única criatura que conseguiu fazer isto.

Nós conservamos nossa natureza, e não nos mudamos para adaptar, ao adquirir cultura deixamos nosso lado animal, deixando os instintos e selvageria para trás.

Cultura:

Nossa cultura é resultados de muitas experiências acumulativas, não deixamos nada para trás, apenas acumulamos fatos e experiências do agora e do passado, que nos modifica à algo futuro.

1-      A cultura mais do que a herança genética,  determina o comportamento do homem e justifica suas ações

2-      O homem ao adquirir uma sociedade e uma cultura deixou seu instinto animal para trás, então passou a viver de acordo com sua cultura, fazendo com que tome decisões sem prejudicar sua cultura ou algo indevido que a sua cultura não permite.

3-      A cultura é o meio de adaptação em meio de diferentes lugares, mas ao invés do homem modificar sua genética para se adaptar, ele muda seu aparato externo, cria máquinas ou jeitos de se adaptar à situação.(Dependendo do lugar em que o homem se encontra poderá criar diferentes ferramentas ou tecnologias para auxiliá-lo a sobreviver sem problema algum.)

4-      E através disso conseguiu conquistar o mundo e torna-lo seu habitat, sem precisar perder membros ou longas gerações para sobreviver em outros meios.

5-      Ao adquirir conhecimento o homem deixou para trás os extintos e passou a depender de conhecimento para sobreviver.

6-      A cultura é toda a experiência de agentes passados acumulada, fazendo com que o homem moderno se aperfeiçoe ou não. ( Nos casos em que a pessoa é totalmente excluída por diversos fatores da sociedade e não chega a ter o conhecimento em mãos, tal situação o transforma em um ignorante e ele então não se torna capaz de se aperfeiçoar culturalmente.)

 

Tudo que o homem faz é originado de seu semelhante, e não de algo fora da cultura, de algo que ele já nasceria sabendo. Portanto se uma invenção importante não acontecer em nosso tempo, sem dúvida irá acontecer futuramente, e as criações posteriores a ela podem esperar um pouco mais para acontecer, mas acontecerão.

O homem desde sua aparente transformação adquirindo o conhecimento, começou a questionar as coisas, então surgiu uma forma de ‘religião’ em que adotaram seres divinos para explicar certos fenômenos que até então não pareciam ter outra resposta; isto é chamado de Mitologia, mas na época também foi uma Religião, tanto que destas surgiram muitas outras que duram até hoje, podendo ser atribuídas a acontecimentos no nosso mundo ou em nossas vidas.

A cultura portanto é tudo isso que estamos abordando, seja o costume a nós implicado, nossas idéias, nossas religiões, nossa vida e nossa história. Podemos rebuscar através da história um bocado de coisas que pode nos auxiliar agora no futuro, e claro aprender com outros povos, pegando de cada um aquilo que nos parecer certo e adaptando à nossa própria cultura. Não existe somente uma cultura e nenhuma é melhor do que a outra, todas se destacam em algo e são nas qualidades que devemos nos alertar, afim de não só engrandecer a nossa cultura, mas também respeitar os interesses dos demais.

 

By Celso Ricardo

 

Cultura, Um conceito Antropológico

 

Primeira Parte:

Da Natureza da Cultura:
“A natureza dos homens é a mesma, são os seus hábitos que os matem separados” – Confúcio.
O livro mostra alguns exemplos de sistemas sociais que tem costumes que os diferem de todas as nações do muno. Um dos exemplos: Aqui temos o rodízio de carne; enquanto na Índia a vaca é sagrada.
“Se oferecêssemos aos homens a escolha de todos os costumes do mundo, eles examinariam a totalidade e acabariam preferindo os seus próprios costumes.”
Na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra.

1. O Determinismo Biológico:
Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais. “Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o inicio em situação de conveniente aprendizado” – Feliz Keesing.
Até a divisão sexual do trabalho é determinada culturalmente, pois muitas atividades atribuídas às mulheres em uma cultura podem ser atribuídas aos homens em outra.
Um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas de uma educação diferenciada.

2. O Determinismo Geográfico:
Dois povos distintos podem viver num mesmo território e ter hábitos totalmente diferentes. (Exemplo em território nacional, página 23)

3. Antecedentes Históricos do Conceito de Cultura:
“Cultura é todo o complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade” – Edward Tylor (1832 – 1917)
“A mente humana é uma caixa vazia no nascimento, dotada apenas da capacidade ilimitada de receber conhecimento” – John Locke (1632 – 1704)
“O homem é capaz de assegurar a retenção de suas ideias eruditas, comunicá-las para outros homens e transmiti-la para os seus descententes como uma herança sempre crescente” – Jaques Turgot (1727 – 1781)
“Cultura é todo o comportamento aprendido, tudo aquilo que independe de uma transmissão genética” – Tylor.

4. O desenvolvimento do Conceito de Cultura:
Cultura pode ser objeto de um estudo sistemático, pois se trata de um fenômeno natural que possui causas e regularidades, permitidno um estudo objetivo e uma analise capazes de proporcionar a formulação de leis sobre o processo cultural e a evolução.
Até a metade do século XIX, tinha-se uma ideia de que a natureza era sagrada e tudo nela tinha uma razão. Era presunçoso demais pensar que nossa história está ligada a da natureza.
Tylor tinha a ideia de que a diversidade é resultado da desigualdade de estágios existentes no processo de evolução. Para ele, a cultura era retilínea e, como todos sabemos, é uma afirmação equivocada. Por outro lado, o mérito de Tylor foi questionar a veracidade das informações espalhadas pelos viajantes e cronistas coloniais.
Para Franz Boas, cada cultura segure os seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos que enfrentou.
O homem, para se manter vivo, tem que satisfazer um número determinado de funções vitais. Essas funções não mudam, mas a maneira de satisfazê-las varia de uma cultura para outra.
Os atos do homem dependem, inteiramente, de um processo de aprendizado.

Os nossos meios(de locomoção, navegação), diferentemente dos de outros animais, são externos ao nosso corpo; mostrando que o homem criou o seu próprio processo evolutivo.
“O seu filho e o filho de seu filho, e seu centésimo descendente nascerão tão nus e fisicamente tão desarmados como ele e o seu centésimo ancestral.”

5. Ideia sobre a Origem da Cultura:
“A cultura seria, então, o resultado de um cérebro mais volumoso e complexo”
Para Lévi-Strauss, a cultura surgiu no momento em que o homem convencionou a primeira regra, a primeira norma (seria a proibição do incesto).
Para White, a passagem do estado animal para o humano ocorreu quando o cérebro humano foi capaz de gerar símbolos (que devem ter uma forma física, com exceção da linguagem).
Ao contrário do que pode-se entender desses pensamentos, a natureza não age por saltos. O processo da natureza para a cultura foi continuo e incrivelmente lento. E a cultura se tornou uma das características da espécie.

6. Teorias Modernas Sobre Cultura:

1. Cultura como sistema cognitivo;
2. Como sistemas estruturais;
3. Cultura como sistemas simbólicos;

Para Geertz, todos os homens são geneticamente aptos a receber a cultura.
“Um dos mais significativos fatos sobre nós pode ser finalmente a constatação de que todos nascemos com um equipamento para viver mil vidas, mas terminamos no fim tendo vivido uma só!”

 

By Breno Paulino

 

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Segunda Parte

1. A Cultura Condiciona a Visão do Mundo do Homem:

“A cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo.”
Homens de culturas diferentes usam lentes diversas e, portanto, têm visões desencontradas das coisas.
Cada cultura tem sua visão de ordem e de como a sociedade é organizada.
O autor faz um alerta sobre etnocentrismo (tomar sua cultura como o mais correto e natural, desprezando as demais).

2. A Cultura Interfere no Plano Biológico:
Este capítulo fala sobre como a cultura pode condicionar aspectos biológicos e até mesmo decidir sobre a vida e a morte de um indivíduo.
Temos o exemplo dos africanos que, quando removidos de sua terra e transportados como escravos para outra, habitadas por pessoas de fenotipia, costumes e línguas diferentes, sofrem de banzo (traduzido como “saudade”) e acabavam morrendo em decorrência desse sentimento.

3. Os Indivíduos Participam Diferentemente de sua Cultura:
Nenhuma pessoa é capaz de participar de todos os elementos de sua cultura. Quanto mais diversificada a cultura, mais os indivíduos tendem a se especializar em determinada área em detrimento das outras.
Além disso existem restrições de gênero e idade, por exemplo.

4. A Cultura tem uma Lógica Própria:
ou seja, cada cultura terá uma explicação/justificativa para determinado ato, evento, etc.
“A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a qual pertence.”
Não é ilógico supor que o Sol gira em torno da terra (pois é esta a sensação), por exemplo.

5. A Cultura é Dinâmica:
A cultura sempre muda, e isso pode acontecer de dois modos:
   1. Lento – Acontece internamente e é um processo quase imperceptível.
   2. Rápido – Acontece externamente e é uma mudança mais brusca, quando uma cultura tem contato com outra.
É um ato comum pegar uma influência cultural externa e processá-la/transformá-la/ adaptá-la a sua própria cultura. Exemplo: Futebol brasileiro.
 

 

By Breno Paulino

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Racismo (Relativizando Cap. 7)

 

A herança portuguesa;
O racismo no Brasil;
O racismo nos EUA;
Cotas para negros;

Como sabemos, o povo brasileiro é racista e o racismo é crime, mas é um crime um pouco diferente: é um processo social mais camuflado, diluído.
Roberto DaMatta tenta mostrar que o brasileiro se constituiu de uma situação diferente das demais; foi explorado por Portugal. Sendo assim, partimos de um modelo de sociedade já existente, o português.
Portugal era totalmente hierárquico: Rei -> nobreza -> demais camadas. No qual a desigualdade é uma coisa natural e estrutural da sociedade. Como somos o reflexo de Portugal, também trazemos isso de sua cultura.
Devemos ter em mente que, em Portugal, chamar um nobre de “você”, por exemplo, podia dar cadeia; ou seja, até a lei consolidava a ideia de diferenças sociais. A ideia de que cada um tem seu lugar na sociedade e que a desigualdade é natural.
Diversas frases, usadas atualmente, partem desse princípio de diferenças sociais:
“Ponha-se no seu lugar” e “Você sabe com quem está falando?” são exemplos.

Portugal criou um sistema no qual o branco, o negro e o índio mantinham relações sociais e até sexuais; mas nem isso desfazia a ordem social (baseada em aspectos econômicos, que continuam segregando e mantendo as pessoas em “camadas” diferentes) e misturava as camadas sociais.
Já o preconceito nos EUA tinha caráter geográfico: Ao sul do rio Ohio havia escravidão.
Chegavam ao ponto de nem considerar cidadãos os negros; negavam a miscigenação, mistura de raças, pois mudaria a ordem social.
No Brasil existiam diversos “modos de escravidão”. Ela estava presente em todo país e nas diferentes atividades econômicas.
Podemos notar, com isso, que o racismo nos EUA era aberto, evidente, mais radical e menos diluído. Enquanto que em Portugal e no Brasil era bem mais camuflado. Portugueses e brasileiros não precisavam de um limite físico (Rio Ohio) como os americanos, pois o racismo estava presente na vida das pessoas, era uma coisa comum. Palestrantes portugueses chegaram até a dar palestras sobre como continuar com o racismo nos EUA sem usar uma cerca, um limite físico.

Cotas para negros:
A criação de tais cotas gerou uma grande discussão: Se somos todos iguais perante a lei e se é discriminação “prejudicar” os negros, é discriminação, também, favorecê-los, certo?
O que acontece é que os negros tiveram grande atraso com a escravidão, que mesmo abolida há mais de 100 anos ainda trás consequência para eles. 
A política de cotas para negros é uma estratégia que visa suprir as necessidades que provém de tal atraso e garantir que os negros tenham as mesmas oportunidades oferecidas aos demais. É como tentar “igualar” o ponto de partida.
 

Jeitinho brasileiro:


O jeitinho brasileiro já faz parte de nossa cultura e é quase uma característica diferencial de todas as outras. É basicamente fugir da regra, driblar o controle.
O Brasil é um país difícil de se viver, principalmente pela situação financeira da população; então o brasileiro cria “jeitinhos” para melhorar (ou simplesmente não piorar) esta situação.

Existe a corrupção e o favor de amigos, o jeitinho, na maioria das vezes, fica entre esses dois.

O brasileiro passa de um número (geral sob a lei) para se tornar um indivíduo sobre o qual a lei não seria justa. Isso pode lembrar até a definição de Equidade, de Aristóteles; mas sabemos que o jeitinho vai muito além disso.

 

By Breno Paulino

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Identidade Nacional e Globalização:

 

O consumo e a identidade nacional;
A globalização e a identidade nacional;

 

O consumo é importante para a identidade nacional, pois é uma coisa pensada, e não um ato ilógico e mecânico. As pessoas pensam logicamente quando compram, e essa lógica tem relação com a cultura e com a identidade nacional.

Há uma ideia de que, com a globalização, tendemos a ser cada vez mais homogêneos e a consumir os mesmos produtos. Para o autor, a coisa é muito mais complexa...

A identidade cultural está muito relacionada com o fortalecimento de ideias, datas e fatos históricos, que vão formando um todo. Pessoas que não conhecemos são estudadas em matérias de História; pois somos resultados das ações de tais pessoas. Percebemos, então, que mesmo os brasileiros, um povo mestiço, tem um ponto maior em comum: a história.

É fundamental saber, pois, como é narrada essa história:
No final do século XIX é contada oralmente e não são feitos registros. São reforçadas por meio de jogos, comemorações, ritos...
Esse modo de se contar histórias muda no século XX: Acontece uma revolução e, neste século, a comunicação passa a ser feita através do rádio, o primeiro veículo de comunicação nacional.
Importante nessa questão é o fato do Brasil ter um grande elemento unificador; mesmo com as dimensões do Brasil, só há uma língua nesse país.

O cinema brasileiro tem, também, grande influência na comunicação. A partir dos anos 40 o cinema brasileiro começa uma produção nacional, contribuindo ainda mais para a formação da Identidade Nacional.
Há um grande reconhecimento de personagens de tal produção, como Mazzaropi, por exemplo. Quando o brasileiro vê Mazzaropi, está, na verdade, se vendo.

A televisão, depois, tem o mesmo papel: o da unificação. A legislação obriga a emissora a ter programação nacional.

O consumo de bens materiais é influenciado por esse processo. No Brasil começa uma intensa produção nos anos 60[?]. O brasileiro era incentivado a comprar o produto nacional (ao menos o que era produzido no país), e esse incentivo é dado, também, com o preço dos produtos importados, pois estes eram caros, inacessíveis. Era o favorecimento dos bens nacionais em detrimento dos produtos importados; com o objetivo de fortalecer o mercado interno.
Esse “impedimento” de importação comprometeu diversos setores no Brasil, como o de Informática.

A Relação Nacional X Importado muda e, atualmente, está quase diluída. É quase impossível identificar de que país vem determinada mercadoria de tecnologia, por exemplo. Hoje existe uma estratégia de “distribuição” de bens, à medida que os produtos tem várias origens e o processo é cada vez mais rápido. É importante destacar que há uma mudança na identidade nacional, mas ela continua existindo.

As empresas, sempre adaptam seus produtos para os consumidores.
 

By Breno Paulino

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Consumo


Existem, para o autor Nestor Garcia Canclini, 3 teorias do consumo:


1- A Racionalidade econômica não explica, totalmente, o consumo. Exemplo: Natal. Que lógica existe em encher uma mesa de comida, que, com certeza, sobrará até para o resto da semana?
2-O homem usa o consumo para se integrar em determinado ambiente/sociedade. O consumo pode ser material ou cultural. Exemplo: Escola de Samba.
3-Diferenciação do indivíduo com o conjunto. Exemplo: Um Camaro ao invés de um “Celtinha”.

 

Cada vez mais o Estado vê as pessoas como consumidores e menos como cidadãos; levando o consumo como um exercício da cidadania.
Os Estados, com a globalização, vão perdendo força para atuar na economia, à medida que as grandes corporações internacionais ganham força.
As atividades básicas (Estudar, trabalhar..) se realizam longe da residência, em centros urbanos. Não há mais uma vida com base geográfica. Ou seja, pessoas ficam longe de onde moram e não criam vínculos com esse local; sendo que algumas podem até se mudar constantemente. Os vínculos com as pessoas, atualmente, são sociais.

Há, então, uma redefinição do senso de pertencimento e identidade. Organizado cada vez mais por sociedades desvinculadas do caráter geográfico. Os vínculos são feitos por pessoas que tem interesses em comum: roqueiros gostam de rock, funkeiras gostam de funk.

Para se ter uma ideia da dimensão que isso vem tomando, Existem grupos diluídos pelo mundo inteiro, que unidos por um mesmo interesse, ditam modos de convívio, estética, pensamentos... Mesmo não estando, as pessoas, perto (geograficamente) uma das outras, compartilham dos mesmos costumes e ideias.

 

By Breno Paulino

 

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TÉRMINO DO CONTEÚDO